Apesar dessas luzes parecerem seres alienígenas com vida própria, não há nada de antinatural nelas. Muito pelo contrário, elas foram produzidas por fenômenos atmosféricos do nosso planeta: halos de gelo.
O vídeo abaixo, por exemplo, ilustra um acontecimento bastante raro chamado de “cachorro do sol pulando”. As imagens foram capturadas em Singapura em agosto de 2011.
Segundo a NASA, uma descarga atmosférica em uma nuvem de chuva pode mudar temporariamente o campo elétrico acima da nuvem, onde cristais de gelo ficam carregados e refletem a luz solar.
A hipótese é que um novo campo elétrico rapidamente reorienta os cristais geométricos em uma nova direção que reflete a luz solar de forma diferente (causando os “pulos”). Uma descarga de relâmpago é o que aciona essa mudança. O campo eléctrico pode ser restaurado à sua forma antiga, assim, os cristais de gelo voltam à sua orientação original e o cachorro para de “pular”.
Halos de gelo
Halos de gelo ocorrem quando minúsculos cristais de gelo são suspensos no céu e refletidos pelo sol. Os cristais podem estar a alturas elevadas em nuvens do tipo cirros, ou mais perto do chão, por exemplo, em um nevoeiro gelado.
Do mesmo jeito que gotas de chuva dispersam a luz em arco-íris, os cristais de gelo podem refletir e refratar a luz na qualidade de espelhos ou prismas, dependendo da forma do cristal e do ângulo de incidência.
Enquanto halos mais baixos só acontecem em climas frios, nuvens cirros são tão altas que são muito frias em qualquer lugar do mundo, por isso até pessoas nos trópicos durante o verão têm uma chance de ver esses fenômenos (existem vários tipos de halos de gelo).
Confira os vídeos de alguns: