Os sumérios tinham numerosos deuses a quem invocavam e não apenas por sua proteção. Havia uma trindade de deuses principais: Enlil, Enki e Ea.
Enki costumava representá-lo como um ser com um corpo de peixe do qual emerge uma cabeça humana, com pés semelhantes a humanos e carregando ou derramando água.
Enki era o senhor das águas, fertilidade e sabedoria.
Surgiu do caos das águas marinhas, deu vida a todos os seres da Terra.
Além disso, Enki, meio-irmão do deus Enlil, tinha a missão de criar homens e incentivar outros deuses a criá-los, dotando os humanos das artes, ofícios e meios técnicos necessários para desenvolver a agricultura.
Inanna era a grande mãe suméria, a deusa da fertilidade, amor e guerra, o começo da vida, a quem os homens adoravam desde tempos imemoriais.
Tal era sua importância que sete templos foram construídos em sua homenagem em todo sumério, embora o principal fosse na cidade de Uruk.
Então Enki teve a idéia de modelar uma figura de barro para a qual Inanna, a deusa mãe, daria à luz: foi assim que o primeiro homem nasceu.
Desde então, os homens foram forçados a trabalhar nas terras para poder produzir comida, para si e para os deuses.
Para celebrá-lo, Enki e Innana beberam cerveja durante um banquete, brigaram e a deusa se gabou de poder estragar sua criação sempre que quisesse.
Enki a desafiou, dizendo que ele poderia encontrar um lugar para qualquer criatura que Inanna fosse capaz de criar. A deusa criou seres deformados, mas Enki encontrou para cada um deles um lugar no mundo e na sociedade suméria.
Dessa forma, o mito, além de explicar a criação do homem e por que ele foi criado, também menciona a existência de seres humanos com algum tipo de tara.
Algumas dessas histórias podem ser baseadas em eventos históricos, como guerras, inundações ou a atividade de construção de um rei importante, ampliada e distorcida ao longo do tempo.